segunda-feira, 29 de abril de 2013

Projeto Livro Solidário mostra resultados na Feira do Livro

Foto: Fernando Sette

 

 Alunos da Escola de Regime de Convênio Associação Cristã do Bengui, contemplada com o projeto Livro Solidário, da Imprensa Oficial do Estado, apresentaram nesta segunda-feira (29), durante a XVII Feira Pan-Amazônica do Livro, o espetáculo teatral “A Herdeira das Bruxas: Reciclar para Transformar”, adaptado do texto de Maria do Carmo Péret Dias, que deixou como lição a necessidade de respeitar a natureza. Os estudantes também apresentaram a coreografia “Belém-Pará-Brasil”.

As apresentações foram vistas pela primeira-dama do Estado, Ana Jatene, idealizadora do projeto Livro Solidário, que foi iniciado em 2004, e hoje é responsável pela criação de espaços de leitura nas comunidades com a doação de livros. “A educação é a principal responsável pela transformação de uma sociedade e, para isso, projetos como o Livro Solidário têm um papel fundamental”, destacou.

Para as famílias das crianças participantes do evento, o momento foi de muita emoção. Antônio Araújo, pai de uma das alunas, destacou que o contato das crianças com outra realidade social “é muito importante, tanto para o desenvolvimento escolar quanto para a vida”. Para ele, sair de um bairro carente de cultura e de lazer para um ambiente como o Hangar representa “um ganho imensurável”. Ele contou que o filho, de 6 anos de idade, chorou de emoção ao ver a irmã no palco.

O presidente da Imprensa Oficial do Estado, Cláudio Rocha, destacou que grandes mudanças são feitas com iniciativas de grande poder agregador, a exemplo do Livro Solidário, que começou pequeno, mas já está se tornando um grande agente de transformação social. “O sucesso do projeto está na união entre as instituições governamentais, que, por meio de parcerias e convênios, tornam a implantação dos espaços uma realidade, e também, como não podia deixar de ser, pela união de esforços entre Estado e sociedade”, frisou.

IniciativaA Escola Cristã do Bengui foi uma das instituições beneficiadas pelo Livro Solidário que mais se destacaram no desenvolvimento das atividades, indo ao encontro das metas estabelecidas pela coordenação do projeto. Atualmente, as atividades no Espaço de Leitura estão devidamente adequadas ao planejamento pedagógico da escola.

Segundo a diretora da instituição, Ana Raquel Ribeiro, desde a chegada do Livro Solidário ao Benguí, os alunos passaram a ter mais interesse pela leitura e pela produção cultural. “Com a implantação do Espaço de Leitura, nossos alunos têm mais prazer em estar na escola, em estudar e, certamente, em construir histórias. O projeto mudou a nossa rotina e está somando nas atividades pedagógicas”, disse.

Além da Escola do Bengui, mais três Espaços de Leitura já estão funcionando: em Benevides, na Fundação de Atendimento Sócioeducativo do Pará (Fasepa); no Grupamento do Corpo de Bombeiros de Ananindeua, na região metropolitana de Belém; e na organização não governamental (ONG) Viva Mosqueiro, além de mais dois que deverão ser entregues no início de maio. A previsão é que, até o fim de 2014, mais quatro sejam inaugurados. Ao todo, os seis espaços já implantados atendem a um público de cerca de 15 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos.

Acervo – Após a apresentação das crianças, o projeto Livro Solidário recebeu, no estande da Imprensa Oficial montado na Feira do Livro, a doação de mil livros para compor o acervo dos carrinhos de leitura dos hospitais Santa Casa de Misericórdia e Ophir Loyola. A doação foi feita pelo presidente da Loteria do Estado do Pará (Loterpa), Jorge Rezende, que ressaltou a importância da união entre as instituições do Poder Público estadual para o sucesso dos programas do governo.

“O Livro Solidário é um projeto que começou pequeno e que foi crescendo com a ajuda e o espírito de solidariedade, e, principalmente, por ter o voluntariado como principal mote. Isso só é possível com a parceria entre órgãos, governo e sociedade”, pontuou a primeira-dama do Estado, Ana Jatene.

Os livros doados pela Loterpa foram recebidos por Pilar Moraes, da Diretoria de Ensino e Pesquisa da Santa Casa. “A chegada dos carrinhos de leitura é um momento muito esperado, tanto para o paciente quanto para a equipe de profissionais do hospital”, afirmou.


Texto: Keila Rodrigues
Foto: Fernando Sette

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