Internas do
Centro Socioeducativo Feminino (Cesef) da Fundação de Atendimento
Socioeducativo do Pará (Fasepa), e vítimas de escalpelamento atendidas pelo Espaço
Acolher, da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, receberam mais um
incentivo para continuar seus estudos.
O projeto
Livro Solidário realizou nesta quarta-feira, 28, uma grande doação de livros
didáticos, paradidáticos e de autores paraenses, destinados a reforçar a
educação das mulheres que se encontram em recuperação.
A arte educadora do
Cesef, Débora Cistina Éleres, que recebeu a doação em nome da Fasepa, disse que
os livros vão ser utilizados em projetos de incentivo à leitura com as
socieducandas que estão retomando os estudos na casa penal.
Ela informou que 16
internas participam das aulas que são ministradas no próprio local onde cumprem
medidas socioeducativas. Segundo a arte
educadora, quando elas chegam ao Centro, se sentem mais motivadas a retomar os
estudos, “já que muitas delas interromperam os estudos devido à carga de
atividades que desenvolviam quando estavam em liberdade”, pontuou Éleres.
Escalpelamento – Ontem, 27, foi doado outro montante
de livros para o Espaço Acolher - casa de apoio mantida pelo governo do Estado
na Santa Casa -, onde as pacientes vítimas de escalpelamento podem se hospedar
durante o período de longo tratamento.
No local, as mulheres recebem o apoio de
profissionais de Psicologia e Serviço Social, além de participarem de cursos.
Professores da rede estadual são responsáveis pelas aulas necessárias à
conclusão do ensino fundamental e médio.
A coordenadora
do Espaço Acolher, Luzia Matos, informou que o acervo recebido do Livro
Solidário aumenta o já existente na biblioteca do espaço. “Os livros doados
pela Imprensa Oficial vão ajudar muito no trabalho pedagógico que nós
desenvolvemos aqui”, reforçou Matos.
Para a coordenadora
da classe hospitalar do projeto, pedagoga Denise Mota, o livro ainda é “o bálsamo
do conhecimento”. “A classe hospitalar tem como proposta pedagógica trabalhar
as diferentes culturas e linguagens das alunas ribeirinhas, interligadas aos
conteúdos das diversas áreas do conhecimento”, destacou.
Para a
coordenadora do Livro Solidário, Carmen Palheta, “nós, do projeto Livro
Solidário, ficamos muito felizes em poder contribuir com projetos e iniciativas
que levam a educação para públicos que se encontram em situação marginalizada”.
E complementou que o governo do Estado incentiva, também, a educação nos
diversos segmentos sociais; “e essas mulheres merecem toda nossa atenção”,
relativizou.
Texto: Ronaldo Quadros
Ascom Imprensa Oficial do Estado
Fotos: Felipe Santiago
Ascom Imprensa Oficial do Estado
Fotos: Felipe Santiago